Toxoplasmose Ocular: Tudo o Que Você Precisa Saber

Toxoplasmose Ocular: O que é? . A toxoplasmose ocular é uma doença dos olhos que pode causar danos significativos e comprometer a visão. Ela é causada por um protozoário chamado “toxoplasma gondii”, e é conhecida popularmente como a “doença do gato”, pois é transmitida principalmente pelas fezes desses animais. No entanto, outros animais, incluindo roedores, pássaros, animais domésticos e até mesmo os seres humanos, podem servir como hospedeiros intermediários.

Causas e Transmissão da Toxoplasmose Ocular

A toxoplasmose ocular pode ser adquirida de diferentes maneiras. Uma das principais formas de transmissão é a ingestão de alimentos mal cozidos, vegetais mal lavados, água contaminada, ovos crus ou leite não pasteurizado. Essa via de transmissão é conhecida como transmissão digestiva.

Outra forma menos comum, mas ainda importante, é a transmissão congênita, que ocorre quando a mãe é infectada durante a gravidez e o feto é contaminado através da placenta. Além disso, a toxoplasmose ocular também pode ser transmitida por inoculação cutânea, transfusão sanguínea ou transplante de órgãos.

A infecção adquirida é a causa mais comum da toxoplasmose ocular, enquanto a infecção congênita é menos frequente, mas pode levar a reativações tardias da doença. É importante ressaltar que a toxoplasmose é mais comumente diagnosticada em recém-nascidos, crianças, grávidas e pacientes imunodeprimidos, como aqueles com HIV ou em tratamento de quimioterapia.

Sintomas da Toxoplasmose Ocular

Os sintomas da toxoplasmose ocular podem variar dependendo da localização, tamanho e número das lesões, bem como da intensidade da vitrite associada às formas agudas da doença. A localização mais comum das lesões é na retina.

Em alguns casos, pode ser assintomática, mas em outros casos, podem ocorrer sintomas como diminuição da visão ou visão turva, sensibilidade à luz (fotofobia), dor ocular, presença de corpos flutuantes (conhecidos como “moscas volantes”) e alterações nas formas percebidas (dismetamorfopsias).

Além disso, podem surgir complicações mais graves, como inflamação vítrea, descolamento da retina, comprometimento do nervo ótico, retinite, neurorretinite, pseudorretinite, aumento da pressão intraocular (glaucoma), catarata e atrofia óptica. Em alguns casos, sintomas sistêmicos, como febre baixa, mal-estar, amigdalite, inflamação dos gânglios linfáticos e lesões cerebrais, também podem estar presentes.

Diagnóstico da Toxoplasmose Ocular

O diagnóstico da toxoplasmose ocular pode ser feito através da observação do fundo de olho e de exames complementares. A observação do fundo de olho permite identificar lesões características da doença, como lesões agudas ao redor de lesões cicatriciais.

Além disso, exames complementares como angiofluoresceinografia, indocianina verde (ICG), tomografia de coerência óptica (OCT) e ultrassonografia podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico e na identificação de possíveis lesões. Testes sorológicos, como a imunofluorescência indireta e o teste imuno-enzimático para IgG e IgM, também podem ser realizados.

Tratamento da Toxoplasmose Ocular

O tratamento da toxoplasmose ocular tem como objetivo principal evitar a multiplicação do parasita durante seu período ativo e minimizar os danos na retina e no nervo ótico. Na maioria dos casos, é necessário combinar diferentes medicamentos com propriedades específicas para obter os melhores resultados.

Um dos tratamentos mais comuns é a combinação de medicamentos contendo trimetoprim, sulfametoxazol, clindamicina, dexametasona, pirimetamina e sulfadiazina. Recentemente, o uso de trimetoprim, sulfametoxazol e prednisolona oral tem sido utilizado como tratamento eficaz.

Em casos específicos, como em recém-nascidos, é necessário um tratamento mais intensivo, envolvendo a administração de pirimetamina, sulfadiazina e ácido folínico durante o primeiro ano de vida.

Além do tratamento medicamentoso, a toxoplasmose ocular também pode ser tratada com intervenções cirúrgicas, como fotocoagulação, crioterapia e vitrectomia, dependendo das complicações apresentadas pelo paciente.

Prevenção da Toxoplasmose Ocular

A prevenção da toxoplasmose ocular é fundamental para evitar a propagação do parasita e proteger a saúde ocular. Algumas medidas preventivas incluem:

  • Cozinhar bem os alimentos, especialmente as carnes, e evitar o consumo de ovos crus, leite não pasteurizado e vegetais mal lavados.
  • Lavar as mãos adequadamente antes de manipular alimentos e evitar o contato com fezes de gatos.
  • Lavar bem os utensílios de cozinha e evitar o compartilhamento de talheres, copos e pratos com pessoas infectadas.
  • Evitar o contato com animais de rua ou desconhecidos e manter a higiene adequada dos animais de estimação.
  • Utilizar luvas ao realizar trabalhos de jardinagem e ao manusear terra ou areia contaminadas.

É importante ressaltar que a toxoplasmose ocular pode ter complicações graves, principalmente em grupos de risco, como grávidas e pacientes imunodeprimidos. Portanto, é fundamental buscar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado para evitar danos irreversíveis à visão.

 

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Fonte: CBO

 

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