Distrofias de Córnea: Doenças Oculares que Afetam a Córnea

Distrofias de Córnea: Doenças Oculares que Afetam a Córnea. A córnea é uma parte essencial do olho humano, responsável por protegê-lo contra partículas e microrganismos e também por ajudar na formação da visão. No entanto, existem diversas doenças que podem afetar a córnea, comprometendo sua transparência e prejudicando a visão. Neste artigo, vamos explorar as distrofias de córnea, um grupo de doenças hereditárias que podem ter um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas afetadas.

Conhecendo a Córnea

Antes de falarmos sobre as distrofias de córnea, é importante entendermos o que é a córnea e qual a sua função. A córnea é uma fina camada de tecido transparente localizada na parte mais anterior do olho. Ela serve como uma barreira protetora contra partículas e microrganismos, além de realizar a refração dos raios de luz que entram nos nossos olhos, focalizando-os na retina e permitindo a formação da visão.

O que são as Distrofias de Córnea?

As distrofias de córnea são um grupo de doenças hereditárias que afetam a córnea de forma progressiva. Essas doenças são causadas por alterações genéticas que levam ao acúmulo de material nas camadas da córnea, comprometendo sua transparência e prejudicando a visão ao longo do tempo. Existem diferentes tipos de distrofias de córnea, cada uma com características específicas e sintomas distintos.

Principais Sintomas das Distrofias de Córnea

Os sintomas das distrofias de córnea podem variar de acordo com o tipo da doença e o estágio de sua progressão. Alguns portadores podem não apresentar sintomas nas fases iniciais, enquanto outros podem experimentar desconforto, dores nos olhos, sensação de corpo estranho e visão embaçada. A fotofobia, ou aumento da sensibilidade à luz, também pode ser um sintoma comum nas distrofias de córnea.

Tipos de Distrofia de Córnea

As distrofias de córnea são classificadas em três grandes grupos, levando em consideração o tipo de mutação genética, a evolução clínica e a camada da córnea que é afetada. Esses grupos englobam diversos subtipos de distrofias de córnea, cada um com características próprias. Vamos conhecer um pouco mais sobre cada um desses grupos e seus subtipos:

Distrofias Anteriores da Córnea

As distrofias anteriores da córnea afetam as camadas mais externas da córnea. Entre os subtipos mais conhecidos estão a Distrofia da Membrana Basal Epitelial, a Distrofia de Reis-Buckler e a Distrofia de Thiel-Behnke. Cada uma dessas distrofias apresenta características específicas e pode afetar a visão de diferentes formas.

Distrofias Estromais da Córnea

As distrofias estromais da córnea afetam as camadas intermediárias da córnea. Alguns subtipos conhecidos são a Distrofia Granular, a Distrofia Macular, a Distrofia de Avellino e a Distrofia Lattice. Cada uma dessas distrofias pode causar alterações na transparência da córnea e comprometer a visão.

Distrofias Posteriores da Córnea

As distrofias posteriores da córnea afetam as camadas mais internas da córnea. Entre os subtipos mais comuns estão a Distrofia Endotelial de Fuchs, a Distrofia Endotelial Congênita Hereditária e a Distrofia Polimorfa Posterior. Essas distrofias podem levar ao acúmulo de água na córnea, comprometendo sua transparência e formando bolhas na superfície.

Distrofia de Fuchs: Uma Distrofia de Córnea Específica

A Distrofia de Fuchs é um tipo específico de distrofia de córnea que afeta a camada mais posterior da córnea, conhecida como endotélio. Essa distrofia é caracterizada pela perda acelerada das células do endotélio, o que leva ao acúmulo excessivo de água na córnea e à perda de sua transparência. A Distrofia de Fuchs é mais comum em mulheres e sua progressão é lenta.

Os primeiros sinais da Distrofia de Fuchs costumam aparecer por volta dos 40 anos de idade, mas a perda parcial da visão só ocorre anos depois, geralmente entre os 50 e 60 anos de idade. O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento adequado da doença.

Tratamento para Distrofia de Fuchs

Infelizmente, a Distrofia de Fuchs não tem cura. No entanto, existem tratamentos disponíveis para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e retardar a progressão da doença. Nas fases iniciais, podem ser utilizados colírios e pomadas específicos para aliviar os sintomas, como incômodo e sensação de areia nos olhos. Em casos de erosões recorrentes e úlceras de córnea, o uso de lentes de contato terapêuticas pode ser indicado.

O tratamento definitivo para a Distrofia de Fuchs é o transplante de córnea. Existem diferentes técnicas de transplante disponíveis, como o Transplante Lamelar Posterior (DMEK/DSEK), onde apenas a camada afetada é substituída, e o Transplante Penetrante, que envolve a substituição de toda a córnea. O transplante de córnea pode ser combinado com a cirurgia de catarata, que é comum em pacientes com mais de 50-60 anos de idade.

É importante ressaltar que o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Por isso, é essencial que pessoas com histórico familiar de distrofias de córnea realizem acompanhamento oftalmológico regularmente.

Conclusão

As distrofias de córnea são doenças hereditárias que podem comprometer a transparência da córnea e prejudicar a visão. A Distrofia de Fuchs é um tipo específico de distrofia de córnea que afeta a camada mais interna da córnea, levando ao acúmulo de água e à formação de bolhas. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Se você ou alguém da sua família possui algum tipo de distrofia de córnea, é importante buscar acompanhamento oftalmológico regularmente. Com o diagnóstico precoce, é possível iniciar o tratamento adequado e garantir o melhor resultado possível. Agende uma consulta com um especialista e cuide da sua saúde ocular.

 

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Fonte: CBO

 

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