Cirurgia Refrativa: Tudo sobre o Procedimento, Riscos e Recuperação

Livrar-se dos óculos de grau é o desejo de muitas pessoas que sofrem com distúrbios visuais como miopia, astigmatismo, hipermetropia e até mesmo presbiopia. O uso constante de óculos ou lentes de contato pode ser incômodo e limitar as atividades diárias. É aí que entra a cirurgia refrativa, um procedimento a laser capaz de corrigir esses problemas e reduzir a dependência dos óculos. Neste artigo, vamos explorar como funciona a cirurgia refrativa, quem pode se beneficiar desse procedimento, quais são os riscos envolvidos e como é o processo de recuperação.

 

O que é a cirurgia refrativa?

A cirurgia refrativa é um procedimento a laser que visa corrigir distúrbios visuais, como miopia, astigmatismo e hipermetropia. Através do uso de lasers, a forma da córnea é modificada, permitindo uma correção efetiva do grau.

 

Como é realizada a cirurgia refrativa?

Durante o procedimento, o oftalmologista utiliza lasers para atuar na córnea, modificando sua forma e corrigindo o grau do paciente. A cirurgia é rápida e dura cerca de 5 a 10 minutos por olho. Geralmente, não é necessária a internação, podendo ser realizada em regime ambulatorial. A anestesia é feita com a aplicação de colírios anestésicos nos olhos.

 

Quem pode se submeter à cirurgia refrativa?

Para se submeter à cirurgia refrativa, é necessário atender a alguns pré-requisitos. É preciso ter a córnea saudável, apresentar estabilidade no grau e ser maior de 18 anos. Um oftalmologista especializado é quem avaliará se o paciente é elegível para o procedimento, realizando uma avaliação pré-operatória minuciosa.

 

Quais são os riscos associados ao procedimento?

A cirurgia refrativa é considerada extremamente segura quando bem indicada e realizada por profissionais qualificados. Os riscos são mínimos e as complicações são muito raras. As principais complicações relatadas são a sensação de olho seco, o aumento do ofuscamento à noite e a sensibilidade à luz durante o dia. Esses efeitos colaterais costumam ser temporários e melhoram com o tempo.

 

Como é o processo de recuperação após a cirurgia refrativa?

A recuperação varia de acordo com a técnica utilizada. As técnicas mais modernas, como LASIK e SMILE, possuem uma recuperação mais rápida, permitindo que o paciente retorne ao trabalho no dia seguinte. Já a técnica PRK tem uma recuperação um pouco mais lenta, com um período de desconforto e possíveis dores nos primeiros dias. Durante a recuperação, é importante seguir as orientações do oftalmologista, evitando atividades que possam prejudicar a cicatrização, como nadar ou praticar esportes de contato. O uso de medicamentos e colírios também pode ser recomendado pelo médico.

 

Posso me livrar completamente dos óculos de grau?

A cirurgia refrativa tem como objetivo principal reduzir a dependência dos óculos de grau. Na maioria dos casos, o paciente deixa de utilizar os óculos após o procedimento. No entanto, em alguns casos, pode ser necessário o uso dos óculos em situações específicas, como dirigir à noite ou ler um livro. É importante ter expectativas realistas e conversar com o oftalmologista sobre os resultados esperados.

 

É necessário continuar consultando o oftalmologista após a cirurgia refrativa?

Mesmo que o paciente não precise mais dos óculos, é essencial manter consultas regulares com o oftalmologista. O exame oftalmológico serve não apenas para medir o grau, mas também para detectar possíveis doenças oculares, como glaucoma, catarata, descolamento de retina e retinopatias. Além disso, pessoas com histórico de miopia elevada têm maior risco de descolamento de retina, sendo importante monitorar essa condição periodicamente.

 

Conclusão:

A cirurgia refrativa é uma opção para pessoas que desejam reduzir sua dependência dos óculos de grau. O procedimento é rápido, seguro e oferece resultados efetivos na correção de distúrbios visuais. É importante realizar uma avaliação pré-operatória com um oftalmologista especializado para determinar se o paciente é elegível para o procedimento. Embora a cirurgia possa eliminar a necessidade dos óculos na maioria dos casos, é fundamental continuar com o acompanhamento oftalmológico regular para garantir a saúde ocular a longo prazo.

 

Perguntas Frequentes:

  1. A cirurgia refrativa é dolorosa?

    A dor durante a cirurgia refrativa é mínima ou quase inexistente. Durante o procedimento, o oftalmologista utiliza colírios anestésicos para garantir que o paciente não sinta desconforto ou dor. A aplicação desses colírios ajuda a adormecer a superfície do olho, tornando a cirurgia praticamente indolor.

    É comum que o paciente sinta apenas uma leve pressão ou desconforto durante a cirurgia, mas isso é passageiro e não costuma ser considerado doloroso. Além disso, a cirurgia refrativa é rápida, durando apenas alguns minutos por olho, o que também contribui para que o paciente não sinta qualquer dor significativa durante o procedimento.

    É importante ressaltar que a experiência pode variar de pessoa para pessoa, e alguns pacientes podem relatar sensações diferentes durante a cirurgia. No entanto, a grande maioria dos pacientes submetidos à cirurgia refrativa não sente dor significativa durante o procedimento.

  2. Quanto tempo leva para a visão se estabilizar após a cirurgia refrativa?

    Após a cirurgia refrativa, o tempo para a visão se estabilizar pode variar de paciente para paciente. Em geral, a maioria das pessoas experimenta melhorias significativas na visão logo após o procedimento, mas a estabilização completa pode levar algumas semanas a alguns meses.

    Nos primeiros dias após a cirurgia, é comum que a visão ainda esteja um pouco embaçada ou turva, e o paciente pode sentir sensibilidade à luz e olhos secos. Esses sintomas tendem a diminuir gradualmente à medida que a cicatrização ocorre.

    Na técnica LASIK, por exemplo, muitos pacientes relatam uma melhora significativa na visão no dia seguinte à cirurgia. No entanto, a visão continuará a se aprimorar nos dias seguintes, até que atinja sua estabilização completa.

    Na técnica PRK, que tem uma recuperação um pouco mais lenta, a visão pode demorar algumas semanas para se estabilizar completamente. Durante esse período, o paciente pode experimentar flutuações na visão, mas isso é considerado normal.

    É importante seguir todas as orientações do oftalmologista durante o período pós-operatório para garantir uma recuperação adequada e a estabilização efetiva da visão. Além disso, é fundamental comparecer às consultas de acompanhamento agendadas para que o profissional possa monitorar a evolução da visão e garantir que tudo esteja ocorrendo conforme o esperado.

  3. Posso realizar a cirurgia refrativa se tiver presbiopia?

    A cirurgia refrativa não é indicada para tratar especificamente a presbiopia. A presbiopia é uma condição ocular relacionada ao envelhecimento, na qual a capacidade do olho de focar objetos próximos diminui, resultando em dificuldade para ler de perto, especialmente após os 40 anos de idade.

    As técnicas de cirurgia refrativa, como LASIK, PRK e SMILE, são principalmente usadas para corrigir problemas de visão como miopia, hipermetropia e astigmatismo, que afetam a visão à distância.

    No entanto, existem alternativas para tratar a presbiopia. Uma das opções mais comuns é o uso de lentes intraoculares multifocais ou acomodativas. Essas lentes são implantadas no olho durante uma cirurgia chamada de cirurgia de catarata refrativa ou refrativa com lente fácica.

    Além disso, existem procedimentos como a cirurgia de monovisão, em que um olho é corrigido para enxergar de perto e o outro para enxergar de longe, proporcionando uma visão mais equilibrada para o paciente com presbiopia.

    É essencial consultar um oftalmologista para avaliar a situação ocular individualmente e determinar a melhor opção de tratamento para a presbiopia. O profissional poderá realizar exames detalhados para determinar a saúde ocular geral e a viabilidade de realizar procedimentos específicos para corrigir ou melhorar a visão de perto em pacientes com presbiopia.

     

  4. Quais são as principais diferenças entre as técnicas LASIK, SMILE e PRK?

    As técnicas LASIK, SMILE e PRK são diferentes procedimentos de cirurgia refrativa, cada um com suas características e indicações específicas. Abaixo, destacamos as principais diferenças entre essas técnicas:

    1. LASIK (Laser-Assisted in Situ Keratomileusis):

    • Procedimento mais comum e amplamente utilizado na cirurgia refrativa.
    • Envolve a criação de um flap corneano fino com um microcerátomo ou um laser femtossegundo.
    • O laser é aplicado na camada interna da córnea para remodelar sua curvatura e corrigir o problema refrativo.
    • Geralmente, há uma rápida recuperação da visão e um desconforto mínimo após a cirurgia.
    • É a técnica de escolha para corrigir graus mais altos e astigmatismo significativo.
    1. SMILE (Small Incision Lenticule Extraction):

    • É uma técnica menos invasiva em comparação com o LASIK.
    • Não requer a criação de um flap corneano, pois o laser cria um pequeno lenticule dentro da córnea.
    • Após a criação do lenticule, um pequeno incisão é feita para removê-lo, alterando a curvatura da córnea e corrigindo o problema refrativo.
    • Geralmente, causa menos ressecamento ocular e menor probabilidade de induzir aberrações visuais.
    • É uma opção preferencial para pacientes com córneas mais finas ou condições que podem tornar o LASIK mais arriscado.
    1. PRK (Photorefractive Keratectomy):

    • É uma técnica mais antiga, mas ainda utilizada em casos específicos.
    • Diferente do LASIK e SMILE, não envolve a criação de um flap corneano.
    • O laser é aplicado diretamente na superfície da córnea para remodelar sua curvatura.
    • A recuperação pode ser um pouco mais lenta em comparação com o LASIK e SMILE, e o paciente pode experimentar desconforto nos primeiros dias após a cirurgia.
    • É uma opção para pacientes com córneas mais finas ou em casos em que o LASIK e o SMILE não são indicados.

    A escolha entre as técnicas LASIK, SMILE e PRK dependerá da avaliação individual realizada pelo oftalmologista. O médico levará em consideração o grau do problema refrativo, a espessura da córnea, a saúde ocular geral e as preferências do paciente para determinar qual procedimento é mais adequado para cada caso específico. É importante discutir com o oftalmologista as opções disponíveis e esclarecer todas as dúvidas antes de decidir pela cirurgia refrativa.

  5. Existe um limite máximo de grau para se submeter à cirurgia refrativa?

    Sim, existe um limite máximo de grau para se submeter à cirurgia refrativa. O grau máximo que pode ser corrigido com sucesso varia de acordo com a técnica utilizada e a avaliação individual de cada paciente.

    Em geral, a cirurgia refrativa é mais eficaz para corrigir graus moderados de miopia, astigmatismo e hipermetropia. Graus mais elevados podem apresentar resultados menos previsíveis, e a cirurgia pode não ser capaz de corrigir totalmente o problema refrativo nesses casos.

    Além do grau, outros fatores também são considerados na avaliação de elegibilidade para a cirurgia refrativa, como a espessura da córnea, a estabilidade do grau ao longo do tempo, a saúde ocular geral do paciente e a presença de outras condições oculares.

    É fundamental consultar um oftalmologista especializado em cirurgia refrativa para realizar uma avaliação completa e determinar se o paciente é um candidato adequado para o procedimento. O profissional realizará exames detalhados e discutirá as expectativas realistas com o paciente, ajudando-o a tomar uma decisão informada sobre a possibilidade de realizar a cirurgia refrativa para corrigir seus problemas visuais.

     

Confira as lentes que trabalhamos:

 

Fonte:Ministério da Saúde

 

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