CLOROQUINA AFETA A VISÃO?

CLOROQUINA AFETA A VISÃO? – A cloroquina e a hidroxicloroquina são excelentes medicamentos e amplamente utilizadas para o tratamento de lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide e condições inflamatórias e dermatológicas relacionadas, além de outras doenças.

Desde o início da pandemia pela Covid-19, esteve em diversas vezes na capa do jornal por poder ajudar na cura da doença. Com isso, diversas pessoas começaram a usar mesmo sem a devida comprovação de sua eficácia.

Mas seu uso não é isento de riscos e eventos colaterais. A toxicidade e danos à retina podem acontecer com o uso crônico dessas medicações.

Portanto, é importante que os pacientes entendam que a automedicação pode levar a eventos adversos não desejáveis.

Leia aqui comigo até o final que vou te explicar como evitar esses efeitos colaterais.

 

 5 Riscos à visão com a automedicação com a cloroquina:

  1. Não ter resultados

  2. Baixa visual

  3. O dano à retina é irreversível

  4. A lesão pode progredir mesmo depois de interrompido o uso

  5. A visão geralmente é excelente até estágios graves de dano à retina

 

É importante enfatizar que cloroquina e a hidroxicloroquina são drogas úteis e que têm menos efeitos colaterais sistêmicos do que muitos dos medicamentos alternativos usados para doenças inflamatórias ou imunológicas.

Por isso, não recomendo a troca sem conversar com seu médico assistente por outras medicações pelo baixo risco de dano à retina.

O que eu quero enfatizar nesse texto é que a automedicação indiscriminada pode trazer riscos.

A toxicidade é uma preocupação oftalmológica séria porque não é tratável e o dano causado é irreversível. Além disso, acuidade visual geralmente é excelente com qualquer um dos padrões até estágios graves de dano, quando piora rapidamente.

No entanto, a visão central pode ser preservada se o dano for reconhecido antes que haja alterações no epitélio pigmentar da retina.

Para pacientes que já usam esses medicamentos e estão em acompanhamento regular com oftalmologista especialista em retina, não devem se preocupar.

 

Como deve ser o acompanhamento oftalmológico de um paciente que usa cloroquina?

  1. Primeiro exame: antes de iniciar o uso

  2. Repetir anualmente enquanto usar a medicação

 

Com a triagem adequada, a retinopatia pela cloroquina é identificada precocemente antes do paciente apresentar queixas ou dano significativo. Por isso, recomendo que os pacientes sejam avaliados por um especialista em retina para realização dos exames corretos.

Um exame antes do início do uso deve ser realizado para descartar maculopatia preexistente. Caso exista, o uso da medicação pode ser contraindicado.

Depois disso, repetimos a avaliação anualmente.

Portadores de doença renal crônica e usuários de tamoxifeno podem ter o dano acelerado e devem ser avaliados mais frequentemente.

 

E se tiver dano à retina?

Nenhuma dieta ou terapia médica se mostrou eficaz para prevenir, tratar ou reduzir o risco de retinopatia por cloroquina ou hidroxicloroquina além da suspensão do medicamento.

Mesmo a interrupção do medicamento não previne a progressão da retinopatia, embora isso seja normalmente leve se a toxicidade for reconhecida antes que haja dano ao epitélio pigmentado da retina.

Pacientes com degeneração macular relacionada à idade ou distrofias maculares podem ser aconselhados a evitar a exposição excessiva ao sol e manter a ingestão de luteína e zeaxantina. No entanto, o valor de tais recomendações é incerto e recomendo conversar com seu médico se esses medicamentos valem para você.

 

Confira as lentes que trabalhamos:

Fonte: Viver Oftalmologia

 

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