CEGUEIRA INFANTIL: CAUSAS, SINTOMAS E COMO PREVENIR

CEGUEIRA INFANTIL: CAUSAS, SINTOMAS E COMO PREVENIR – Estima-se que 1,4 milhão de crianças são cegas e que 500.000 novos casos surgem a cada ano. Os dados divulgados pelo Lions Club International Foundation nortearam o Projeto de Erradicação da Cegueira infantil da instituição, em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O estudo vai além, afirmando que, desses novos casos, 50% das crianças morrem em um ou dois anos. Obviamente, muitas doenças e suas causas estão intimamente ligadas às condições econômicas e de desenvolvimento dos países onde nasceram. Porém, muitas dessas doenças que causam a cegueira infantil poderiam ser prevenidas, curadas e até erradicadas. Entenda sobre o assunto:

Causas da cegueira infantil – CEGUEIRA INFANTIL: CAUSAS, SINTOMAS E COMO PREVENIR

Segundo estimativa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o Brasil tem mais de 27 mil crianças cegas e 83 mil com baixa visão. Desse total, é possível afirmar que metade desse número foi causado por doenças evitáveis, entre preveníveis (rubéola, toxoplasmose, deficiência de vitamina A) ou tratáveis (etinopatia da prematuridade, catarata, glaucoma).

Comparado aos números de países subdesenvolvidos, o Brasil apresenta poucos casos; no entanto, cuidados no pré-natal e a constante observação e exames na primeira infância podem eliminar as causas.

Sintomas da cegueira infantil – CEGUEIRA INFANTIL: CAUSAS, SINTOMAS E COMO PREVENIR

O primeiro teste a ser feito para excluir qualquer possibilidade de doença congênita, é o teste do olhinho, obrigatório em todo o território nacional. O teste é feito com um aparelho chamado oftalmoscópio. A luz atravessa a córnea, pupila, cristalino, corpo vítreo e reflete-se na retina, sem causar qualquer dano aos olhos do bebê. Em crianças sem qualquer problema, o reflexo tem cor avermelhada e contínua nos olhos saudáveis. Na ausência de reflexo ou em casos de assimetria, a criança deve ser encaminhada ao oftalmologista para fazer novos exames.

Em bebês com até dois anos de idade, é preciso observar sintomas como fotofobia, lacrimejamento constante, vermelhidão e olhos com cores acinzentadas e opacas. Em geral, demonstram pouco interesse pelo ambiente e pelas pessoas que as cercam. Nesses casos, é possível que a criança sofra com glaucoma.

Entre os três e sete anos de idade, é possível perceber os primeiros sinais do estrabismo e da ambliopia. Se não corrigido a tempo, a criança pode perder a função do olho comprometido com a ambliopia, levando à cegueira. Os sintomas são tombos e esbarrões com frequência, dores de cabeça, necessidade de assistir TV próxima à tela, ter o hábito de esfregar os olhos após esforços visuais e o mais evidente deles: ter um ou os dois olhos desviados. O ideal é detectar e buscar tratamento para o problema antes da idade escolar.

Nos casos de catarata infantil e retinopatia da prematuridade, os primeiros sinais podem ser percebidos logo no teste do olhinho, por isso sua importância para a detecção precoce de doenças e prevenção da cegueira infantil.

Como prevenir a cegueira infantil

Dentre as doenças preveníveis, está a rubéola. No Brasil, ela é a maior responsável por casos de cegueira em recém-nascidos, enquanto em países de Primeiro Mundo, a causa é genética. Para prevenção, é preciso que a mãe e o pai da criança tenham recebido vacina da doença antes da gestação. Quando adquirida nos três primeiros meses da gravidez, a rubéola pode causar má formação e catarata congênita no recém-nascido.

Outro fator que pode ser a causa da cegueira infantil é a deficiência de vitamina A. Estima-se que 10 a 20% das gestantes sejam acometidas pela cegueira noturna, sintoma da deficiência de vitamina A, e que ela esteja associada com o risco cinco vezes maior de mortalidade materna nos dois anos pós-parto. Além disso, sua deficiência pode causar nas crianças a queratose – pele áspera e seca – e pode evoluir para a xeroftalmia, que é a cegueira noturna por meio da qual a criança não consegue boa adaptação visual em ambientes de baixa luminosidade. Outra manifestação é a Mancha de Bitot. Se não tratada, pode levar à cegueira irreversível.

A maioria dessas doenças é tratável com um bom acompanhamento pré-natal e após o nascimento da criança. Um médico oftalmologista sempre deve ser consultado. Manter uma rotina de consultas, assim como acontece com o pediatra, pode determinar no diagnóstico precoce e no sucesso de tratamentos que previnem a cegueira infantil.

Fonte: Ministério da Saúde

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